Quando a manhã nascer
o teu corpo será um botão de rosa
e as minhas mãos
o orvalho primaveril que o humedeceu.
Como se tudo quanto veio antes de nós fosse uma miragem,
e eu esqueço-a porque nunca a vivi.
Ou como se existissem várias realidades paralelas a esta,
e vivendo contigo tivesse optado por uma apenas.
É estranho olhar para trás
e nada disso ter significado algum.
Como se não tivesse vivido,
ou como se tivesse acontecido a outro.
Lisboa,1990
JC
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